ATA DA QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA QUARTA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 24-01-2008.

 


Aos vinte e quatro dias do mês de janeiro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, João Antonio Dib, Margarete Moraes, Mario Fraga, Neuza Canabarro e Sebastião Melo, Titulares. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceram os Vereadores Claudio Sebenelo e Ervino Besson, Titulares, e Guilherme Barbosa, Não-Titular. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 3286/07, da Senhora Fernanda Almeida Cappelini, Supervisora de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal – CEF –; 176330/07, do Senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE –; 688/07, do Senhor Paulo Roberto Teixeira Guerra, Gerente da GTES/GEFIN/GF do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES –; e dois s/nº, da Câmara dos Deputados. A seguir, o Senhor Presidente convidou os Senhores Vereadores para reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes, às onze horas e trinta minutos de hoje; para visita ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, às dezesseis horas e trinta minutos de hoje; e para debate relativo à TVCâmara, às quinze horas de amanhã, no Salão Nobre Dilamar Valls Machado. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli Sell cobrou das autoridades medidas contra guardadores de carros que atuam em Porto Alegre, elogiando operação da Brigada Militar na noite de ontem, quando Sua Excelência solicitou ação na Praça Marechal Deodoro, e defendendo o Projeto de Lei do Legislativo nº 136/00, que dispõe sobre o tema. Ainda, criticou o atendimento de empresas de telefonia e televisão a cabo e elogiou o Vereador Sebastião Melo por ações tomadas como Presidente desta Casa. Em continuidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Hélio Santos. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Aldacir Oliboni cobrou do Governo Municipal medidas que garantam a utilização pela população do Terminal Alameda, referindo-se, também, a problemas constatados por Sua Excelência no entorno desse local público. Também, afirmou que devem ser revistas as posturas do Departamento Municipal de Limpeza Urbana e da Empresa Pública de Transporte e Circulação para essa área, alegando que sua utilização deve ser discutida com a comunidade. Após, foi apregoado Termo de Indicação de Vice-Líder, firmado pelo Vereador Claudio Sebenelo, Líder da Bancada do PSDB, indicando o Vereador Luiz Braz para o cargo de 1º Vice-Líder da referida Bancada. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Claudio Sebenelo defendeu a instalação de agência do Banrisul neste Palácio, argumentando que o posto de atendimento atualmente em operação não consegue suprir com a eficiência necessária as demandas de funcionários e Vereadores deste Legislativo. Nesse sentido, destacou que o volume de movimentações financeiras realizadas pelos clientes desse posto justifica o pedido de Sua Excelência, em função da alta lucratividade atingida por esse Banco nesta Casa. O Vereador Ervino Besson discorreu acerca dos problemas oriundos do despejo indevido de dejetos em praças e outros logradouros de Porto Alegre, enfocando a poluição decorrente do descarte de lixo em cursos d’água da Cidade. Nesse contexto, propôs a formação de pacto entre o Poder Público e organizações da sociedade civil, com o objetivo de esclarecer a população porto-alegrense acerca dos problemas ambientais decorrentes da destinação inadequada de detritos. O Vereador João Antonio Dib cobrou do Executivo Municipal a colocação de placas de identificação de logradouros na Cidade, asseverando que milhares de esquinas não estão devidamente sinalizadas. Em relação ao assunto, ressaltou que alteração na legislação possibilita que empresas privadas financiem a confecção de placas de identificação e utilizem-nas para divulgação de material publicitário. Finalizando, referiu-se ao fato de que prédios na Cidade não têm sua numeração suficientemente visível. A Vereadora Margarete Moraes analisou dados relativos ao Orçamento Municipal de dois mil e sete, sustentando que não foram empenhadas nem realizadas grande parte das despesas previstas nesse Projeto. Além disso, formulou críticas à Secretaria Municipal de Obras e Viação por falhas no sistema de iluminação pública da Cidade, argumentando que lâmpadas defeituosas na Praça Nações Unidas não têm sido substituídas e desaprovando a gestão do Senhor Maurício Dziedricki à frente desse órgão. O Vereador Mario Fraga comentou os pronunciamentos do Vereador Adeli Sell, relativamente aos problemas ocasionados por guardadores de carros em Porto Alegre, e do Vereador Aldacir Oliboni, acerca do fechamento da Rua Ramalhete. Também, pronunciou-se sobre a realização de licitação pública para reconstrução da Escola General Neto, no Bairro Lageado, e elogiou o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal da Cultura. A Vereadora Neuza Canabarro manifestou-se acerca da rejeição, pela Comissão de Constituição e Justiça, de iniciativas de sua autoria, que dispõem sobre a cobrança irregular da tarifa de esgoto e sobre o crime ambiental em Porto Alegre, justificando que, diante desse quadro, procurou a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente para o amparo de suas petições. Nesse sentido, questionou sobre a destinação dos recursos que, segundo Sua Excelência foram arrecadados indevidamente de imóveis que não são atendidos por rede de esgoto. O Vereador Guilherme Barbosa teceu considerações acerca de problemas com a iluminação pública em Porto Alegre, citando reportagens sobre o assunto, publicadas recentemente pelos jornais Correio do Povo e Zero Hora, e alegando que falta capacidade e interesse do Executivo Municipal no gerenciamento da Cidade. Nesse contexto, justificou ter feito dois Pedidos de Providência ao Prefeito José Fogaça, não respondidos, relativamente ao tema da iluminação pública. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Mario Fraga discorreu sobre a presteza do Senhor José Fortunati, Secretário do Planejamento Municipal, em esclarecer dúvidas levantadas por Vereadores desta Casa em relação ao Governo. Ainda, referiu-se à necessidade de empenho dos órgãos públicos, para resolver o problema de crianças sem escolas na Zona Sul, e, finalizando, elogiou a Escola de Samba Renascer da Esperança, vinculada à Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. O Vereador Claudio Sebenelo, debatendo a importância da separação entre os interesses partidários e do País, criticou o uso, por parte de integrantes do Governo Federal, de cartões de crédito corporativos, pagos pelo erário. Nesse contexto, externou sua posição de que regalias concedidas a integrantes de cargos públicos sejam eliminadas, pois, segundo Sua Excelência, se constituem num acinte à população brasileira. O Vereador Adeli Sell reportou-se à necessidade de que os cartões de crédito corporativos do Governo Federal sejam analisados com transparência e isenção, lembrando problemas no âmbito estadual, que estão sendo investigados pelas autoridades. Ainda, criticou contratos feitos sem licitação para a locação de veículos pelo Município de Porto Alegre, exigindo explicações do Prefeito José Fogaça sobre o assunto, e, finalizando, relatou problemas de sujeira em logradouros públicos da Cidade. O Vereador João Antonio Dib, citando a necessidade de que os atos públicos sejam praticados com seriedade e de acordo com aquilo que foi prometido através de discursos, analisou atos cometidos pelo Partido dos Trabalhadores quando no Governo de Porto Alegre, que, segundo Sua Excelência, se constituíram em irregularidades e implicaram em prejuízos financeiros ao Município. Também, abordou a execução orçamentária municipal e a fiscalização que o Legislativo deve exercer sobre os atos do Poder Executivo. Em prosseguimento, o Vereador Adeli Sell manifestou-se, noticiando roubo ocorrido na manhã de hoje ao Centro de Saúde Vila dos Comerciários e sugerindo que os Vereadores integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente realizem visita a esse Centro, tendo o Senhor Presidente informado que esse assunto poderá ser tratado na reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes, a ser realizada a seguir. Às onze horas e oito minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Ervino Besson e Aldacir Oliboni e secretariados pelos Vereadores Ervino Besson e Aldacir Oliboni. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Neste momento, está instalada a Sessão da Comissão Representativa. Quero passar alguns informes antes de iniciarmos o período das Comunicações. Primeiro, quero lembrar aos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras que, às 11h30min, teremos reunião de Mesa e Lideranças e, por extensão, a todos os Vereadores que dela queiram participar.

Segundo, quero estender o convite, que já foi encaminhado aos gabinetes dos Srs. Vereadores - para, hoje, às 16h30min, pois a Presidência vai ser recebida pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Essa visita tem o fito de estabelecer uma agenda, talvez, com uma palestra, um debate aqui na Casa sobre o ano em curso, que é um ano eleitoral. Para tanto, queremos convidar todos que quiserem participar dessa audiência.

E terceiro é que, amanhã, às 15 horas, nós vamos promover um debate sobre o papel da TVCâmara, que será no Salão da Presidência ou, dependendo da quantidade de pessoas, no Plenarinho, e os Vereadores que quiserem fazer parte desse debate serão muito bem-vindos.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Bom-dia, Sr. Presidente; bom-dia, Verª Margarete Moraes, nossa Líder; bom-dia colegas Vereadores, Verª Neuza Canabarro, senhoras e senhores. Ver. João Antonio Dib, acho que a função fundamental do Vereador, como diz V. Exª, reiteradamente, é a da fiscalização. Leis nós temos às pampas, mas a questão toda é a capacidade ou não que devemos ter para fiscalizá-las. Por isso, eu acho que uma das questões fundamentais é a defesa do cidadão, das pessoas.

Eu fico impressionado como somos desrespeitados. Ontem à noite - as pessoas que neste verão estão em Porto Alegre podem ver incríveis atividades culturais -, tínhamos o lançamento do livro do Nelson Motta, sobre o Tim Maia – não é Verª Margarete Moraes? –, ou também as pessoas poderiam ir ao Theatro São Pedro para ver Tangos e Tragédias. O problema é chegar ao Theatro São Pedro. Uma leva, uma imensidão de flanelinhas azucrinava e parava as pessoas no meio da rua, não tinha nenhum “azulzinho”. Como eu sei que ligar para a EPTC à noite não adianta de nada, pois de dia já é um problema, liguei para o 190. Eu quero aqui parabenizar o soldado Kremer pelo atendimento nota dez. Os brigadianos foram à Praça da Matriz ontem à noite. Houve flanelinhas saltando para todos os lados, e, depois, eu vi inclusive a prisão de uma pessoa, ou seja, ela devia estar em desacordo com a lei, ou coisa que o valha. A Praça da Matriz, aquele nicho histórico, cultural, arquitetônico maravilhoso é uma praça que, infelizmente - vou ter que dizer -, fede! O mau cheiro é insuportável, porque as pessoas fazem errado. Quem quer ajudar os pobres deveria levá-los para uma instituição de caridade. O que acontece todos os dias na Praça da Matriz é a distribuição de alimentos. Levam alimentos em caixinhas de leite, e isso fica tudo espalhado pela Praça da Matriz! Limpeza que é bom, nada. Não bastasse isso, as pessoas saem com os cachorros, não recolhem as fezes; há leis sobre isso, placas sobre isso, inclusive há um trabalho feito pelos alunos do Colégio Olinto, da Rua da República. Nós temos que preservar as nossas coisas!

E hoje eu quero insistir na questão dos flanelinhas, nós temos - infelizmente - uma lei federal que criou essa figura do lavador e guardador de carro nas ruas. Isso não é profissão, mas está lá. Nós temos tantas atividades no Brasil que não são consideradas profissões. Psicopedagogia não é considerada profissão, mas flanelinha é. Este é o País da contradição.

Eu tenho um Projeto de Lei, está na Ordem do Dia, se quiserem votar contra, votem, mas é o primeiro que eu quero votar em fevereiro, Ervino Besson, Mario Fraga; eu quero votar esse Projeto em fevereiro. O Projeto que eu proponho acaba com as duas leis demagógicas que existem, que não resolvem coisa nenhuma, que só atrapalham, porque eles conhecem essa lei e ficam dizendo para a EPTC, para a Brigada Militar que eles têm profissão. Então, se nós elidirmos essas duas leis municipais, fica uma profissão vaga, e não haverá materialidade para eles agirem em Porto Alegre, porque aqui nós vamos tirar essa lei. Se as pessoas não querem votar, votem contra, mas eu vou colocar em votação, para ganhar ou perder, porque eu quero fazer o enfrentamento com essa questão. Isso é inadmissível. E aqui eu quero concluir esse tema, parabenizando, portanto, a Brigada Militar por essa ação.

Colegas Vereadores e colegas Vereadoras, ontem, eu levantei um tema de suma importância, que é o péssimo atendimento que temos com as empresas de telefonia e com a TV a cabo. Felizmente, há um jornalista corajoso que colocou isso na mídia hoje; normalmente, não se coloca porque eles pagam babilônias de dinheiro em publicidade. Mas eu disse, ontem, Ver. Dib - e V. Exª sabe como eu sou: começamos uma cruzada. Os cidadãos de Porto Alegre têm que ser respeitados. Não dá para continuar essa barbaridade de você pagar um pacote de TV a cabo, receber pela metade e ainda não funcionar; você não ser atendido por causa do chamado call center. Inclusive, sobre essa questão do call center, onde está o Congresso Nacional? Não existe legislação sobre isso. E nós temos que nos preocupar com essas questões. E esta Câmara, meu caro Ver. Oliboni, está, em pleno mês de janeiro, trabalhando.

Eu queria, para concluir, parabenizar o Ver. Sebastião, pelas agendas que tem proporcionado na Casa, e nós vamos acompanhá-lo no Tribunal Regional Eleitoral - porque eu acho que é uma questão importantíssima -, para saber o que se pode, o que não se pode. Afinal de contas, nós trabalhamos e temos que divulgar o que a gente faz. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito que o Ver. Ervino Besson assuma a presidência dos trabalhos, tendo em vista que eu vou atender o Deputado Hélio Santos, que está presente no nosso plenário. (Pausa.)

 

(O Ver. Ervino Besson assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Eu quero saudar o nosso Presidente dos trabalhos, Ver. Ervino Besson; os nossos colegas Vereadores e Vereadoras e o público que acompanha o Canal 16. Ontem, eu estava andando pela Cidade, Ver. João Antonio Dib, como faz todo o Vereador que, segundo o Adeli, é um dos maiores fiscais desta Cidade - concordo plenamente -, estava visitando a região Leste de Porto Alegre, mais precisamente o entorno do Terminal Alameda da região Leste, grande Partenon. Já fizemos vários movimentos ali para que o Governo Municipal pudesse resolver, ou melhor, devolver o Terminal Alameda para a comunidade. Porque ali, há mais de 10 anos, sempre foi desenvolvida a Feira de Hortigranjeiros, nos finais de semana; a Feira de Artesanato; e seguidamente eventos culturais – na região Leste de Porto Alegre, grande Partenon, Terminal Alameda. Pois ali, Ver. João Antonio Dib, vejam só o que aconteceu: o DMLU, se sentindo dono daquela área – área pública, área verde –, retirou todas as pedras que havia ali; havia um certo passeio, um certo calçamento. Pois o DMLU retirou e a comunidade quer saber onde colocou.

Segundo, na Rua Ramalhete, que fica na lateral do Terminal Alameda, Ver. João Antonio Dib, existe um buraco no meio da rua, de cima a baixo, e fomos descobrir o porquê daquilo ali. O Moncks, Diretor do DMLU, disse para nós que ali iria sair uma garagem do DMLU. Mas o que é isso? No meio de uma rua, de uma área pública? O que aconteceu? Na mesma semana, o Moncks me ligou e disse: “Olha, vamos paralisar a obra”. Simplesmente paralisaram a obra. Não devolveram a rua para a Cidade, para a comunidade; não devolveram o Terminal Alameda para a comunidade. Eu queria pedir, aqui, Ver. Mario Fraga - sei que V. Exª tem um bom trabalho, tem uma relação boa com a comunidade, com o Governo -, a colaboração de V. Exª, nós precisamos reabrir a Rua Ramalhete, pois os comerciantes do entorno estão sendo assaltados, e os ditos sujeitos que assaltam saem pelo beco da lateral que existe entre a Rua Ramalhete – fechada – e o muro do cidadão que tem a propriedade daquele terreno. Nós estamos insistindo nisso há muito tempo; pedimos reunião com o Prefeito, que não nos recebeu; pedimos reunião com o Busatto, que não nos recebeu. E, ontem, ao visitar a Feira, vi que, Ver. Mario Fraga, foi deslocada na rua, na lateral, numa via pública também, obstruindo a metade da rua, e o carro vai e vem nas duas mãos num outro beco. Ali acontecem, todas as quartas-feiras, acidentes, por causa disto. Onde está a EPTC que não vê uma coisa dessas? Criou-se uma enorme antipatia na região exatamente por atitudes desagradáveis como essa. Eu até acredito que o Prefeito não saiba disso, sinceramente! Aquilo ali é um absurdo! Eu faço um apelo ao Governo, faço um apelo à Liderança aqui, Mario Fraga, para que nos ajude a resolver isso, a devolver a Rua Ramalhete para a comunidade e reabrir o Terminal Alameda, porque ali é onde se dá a integração com a comunidade, porque ali acontece a Feira dos Hortigranjeiros e de Artesanato no final de semana, que acabou, porque foi deslocada para a rua lateral no lado de baixo, o que, por sua vez, criou um enorme transtorno, porque todo o transporte, Ver. João Antonio Dib, Ver. Adeli, Verª Margarete, do Campo da Tuca vem por ali. Então, um baita problema!

Ontem, os expositores hortigranjeiros me pediram: “Por favor, nos ajudem”. Eu faço este pedido publicamente, aqui na Câmara: que os Vereadores, se puderem, passem por lá, principalmente na quarta-feira, quando está um grande transtorno.  Mas, principalmente, quero dizer que essa área é uma área pública; nem o DMLU, nenhuma Secretaria, ninguém pode se apropriar dela; é uma área da comunidade, e a comunidade quer discutir a utilização dessa área. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Aldacir Oliboni.

 

Esta Mesa recebe um documento assinado pelo Líder da Bancada do PSDB, Ver. Claudio Sebenelo, que comunica que, a partir do dia 24 de janeiro de 2008, o Ver. Luiz Braz ocupará a Vice-Liderança da Bancada do Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações (Pausa.) Ausente. O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações.

 

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, esta Casa tem-se destacado pela excelência, pela qualidade dos seus servidores. Nós, alguns Vereadores, já temos alguma experiência importante em outras autarquias, em outras Secretarias. Por exemplo, a Verª Margarete foi Secretária de Cultura; o Ver. Adeli foi Secretário da SMIC; o Ver. Guilherme Barbosa foi Secretário da SMOV; o Ver. Oliboni foi Gerente do Grupo Hospitalar Conceição; a Verª Neuza Canabarro foi Secretária de Educação do Estado. Então, eles têm uma experiência muito grande, Ver. Besson, e também com a qualidade dos funcionários; e, comparativamente, esta Casa se destaca pela qualidade dos seus funcionários.

Existem alguns setores da Casa em que, muitas vezes, pedimos que haja mudanças, e, casualmente, eles são de fora da Casa, como é o caso do Banrisul e o seu posto avançado. Somos atendidos de uma forma gentil e muito eficiente pelos funcionários, que se desdobram. Ontem, por exemplo, existia uma pessoa no caixa fazendo um trabalho magnífico de recepção, com rapidez, mas, mesmo assim, existia uma demanda maior, e somos posto avançado. O nosso Orçamento, mais a quantidade de pessoas... No meu caso, por exemplo, pessoalmente, eu e a minha família temos – todos - uma conta única, aqui no Banrisul. Então, essas contas conjuntas trazem aportes financeiros para o Banrisul nesta Casa, e, certamente, por ano, esse movimento entre o Orçamento e movimentos pessoais de Vereadores e familiares, de funcionários e familiares, por ser um posto avançado da Casa, está a merecer do Banrisul uma agência com gerência e tudo, porque, se fosse um banco particular, Ver. Adeli, V. Exª sabe que, com um movimento de 10 milhões por ano, eles já põem uma agência com funcionários indo buscar o dinheiro na sua casa, com um serviço extraordinário.

Nós, aqui, temos essa dificuldade e queremos transformar esse posto avançado em agência, sem depender da agência lá do Centro, que tem morosidade no atendimento e tem esse fator de economia numa situação financeira e de localização altamente privilegiadas. Há uma rentabilidade muito grande dessa agência. Esse posto avançado, com esse volume grande de atendimento, com esse volume financeiro de fornecedores, de impostos... A própria Folha de Pagamento da Câmara Municipal é feita por meio do Banrisul. Os serviços vão diminuindo de qualidade, não pelos seus funcionários, mas pela inadequação de uma estrutura. Há mais de mil funcionários, aqui na Casa. A Cidade exige essa estrutura e precisa, inclusive, melhorar o seu funcionamento bancário, o de um posto que não tem condições de fazer o melhor atendimento, apesar da boa vontade dos seus funcionários e da dedicação. Nós pedimos ao Sr. Presidente e à Mesa da Casa que providenciem, junto ao Banrisul, uma forma de atender ao pedido, não só deste Vereador, mas da grande maioria das pessoas que trabalham nesta Casa.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; pessoas que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara; eu queria saudar a todos.

Ver. Adeli Sell, V. Exª fez o seu pronunciamento com muita propriedade, e eu vou me deter no tema relacionado à sujeira das praças de Porto Alegre. Acho que, neste ano de 2008, poderíamos fazer um tipo de pacto com todas as entidades: Parlamentos, escolas, clubes de mães, associações de bairros, enfim, para chamarmos a atenção da população de Porto Alegre no sentido de ter um pouco mais de cuidado com a limpeza da nossa Cidade, com a limpeza das nossas praças.

Hoje pela manhã, meu caro Presidente, Ver. Oliboni, ao vir aqui para Câmara, pelo meu trajeto da Zona Sul - há poucos dias o DMLU fez uma limpeza no Arroio Passo Fundo, no Arroio Cavalhada - observei a sujeira; até dei uma parada e dei uma olhada na grande quantidade de sacolas plásticas com lixo dentro dos arroios. Queria dizer para as pessoas que nos assistem pelo Canal 16: pelo amor de Deus, esta Cidade é nossa, a qualidade de vida é nossa! Essa quantidade de lixo acaba no Guaíba e, depois, iremos beber essa água.

Fato como esses que a gente assiste no dia-a-dia nos entristecem, não há estrutura, Ver. Cláudio Sebenelo, do DMLU que consiga manter esta Cidade limpa. Nós, que andamos diariamente por esta Cidade, vemos anoitecer de uma forma e amanhecer de outra: é sofá, é lixo, são fogões velhos, são geladeiras, são cadeiras, restos de obras. As pessoas largam o lixo à noite, que toma conta da calçada. E toda a Cidade está vivendo este problema.

Então, vamos fazer um desafio entre nós e todos os segmentos da sociedade: vamos alertar as famílias, a sociedade, para que nós consigamos ter uma Cidade com qualidade de vida, esta Cidade que amamos tanto. Agora, o lixo toma conta de muitos locais da cidade de Porto Alegre, porque o pessoal coloca o lixo durante a noite, durante a madrugada nas ruas e não há estrutura que consiga limpar esta Cidade? Eu já disse aqui, e repito: por mais esforço que o DMLU faça; por mais equipes que coloque nas ruas, não há condições! Eu vivo nesta Cidade que me acolheu tão bem, desde 11 de agosto de 1961 - só posso amá-la. A maioria de nós, Vereadores, somos pessoas oriundas do Interior. Mas digo, com muita tristeza, que nunca tinha visto tanto lixo nas ruas, nas praças – estes locais que são freqüentados por crianças! O pessoal limpa hoje, e amanhã já há sujeira. Faço um apelo para este ano de 2008: que Deus nos ilumine, que Nossa Srª dos Navegantes, que navega para todos os cantos, também nos ilumine e conscientize as pessoas para que não larguem lixo nas ruas. Eu me revoltei, hoje de manhã, quando olhei para aquele riacho cheio de sacos de lixo! Isso nos deixa revoltado. Quem sabe possamos abrir uma campanha dentro de todos os segmentos da sociedade para que consigamos amenizar esse problema, porque a qualidade de vida, a nossa saúde e a beleza da nossa Cidade dependem da colaboração de cada um de nós. Nós temos que ter educação, para termos uma Cidade limpa, com qualidade de vida para todos nós. Muito obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ver. Aldacir Oliboni, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; Porto Alegre tem grandes e pequenos problemas, mas se nós somarmos os pequenos problemas, de repente, torne-se um grande problema.

E é um problema de fácil solução, de muito fácil solução, mas que se repete tantas vezes, que se tornou um enorme problema.

Não adianta fazer leis, especialmente para aqueles que acreditam que as leis claras, precisas e concisas devam ser respeitadas, e, depois, vêem que elas não são respeitadas.

Estou falando da identificação de logradouros da nossa Cidade. São milhares de esquinas na nossa Cidade que não têm placa identificando o nome do logradouro; são milhares.

No ano de 2007, vivi uma decepção; consegui, inclusive, vencer a Comissão de Justiça, para que 2007 fosse declarado o ano da identificação dos logradouros. Não vi nada de novo, não acrescentaram novas placas, as ruas continuam sem as suas denominações, sem as suas identificações.

Em 1994, eu também fiz a mesma coisa, declarando 1995 o ano da identificação dos logradouros. Obtive a sanção do Prefeito. E, pela primeira vez, fiz uma Emenda ao Orçamento, de 150 mil reais, para a colocação de placas nas ruas da Cidade; o Prefeito sancionou a Emenda, mas também não colocou as placas.

São milhares - mas milhares e milhares - de placas que estão faltando nas esquinas da nossa Cidade, que se tornam um enorme problema para os moradores de Porto Alegre, e, muito pior ainda, para aqueles que não são moradores.

Hoje, existe lei que autoriza a utilização de placas com publicidade. E eu não vi a Prefeitura fazer um edital abrindo a oportunidade para que empresas procurassem colocar essas placas. Não custa caro. Se a Prefeitura não tem dinheiro, ou não tem vontade política de fazer, que deixe os outros fazerem.

Um retângulo de quinze centímetros quadrados, 3 centímetros por 5 centímetros. Estou apresentando uma Emenda ao Projeto da Verª Maria Luiza, fazendo com que sejam  5 centímetros por 8 centímetros, para colocar o nome de uma empresa. Essas empresas colocariam placas em ruas bastante movimentadas, e em ruas que não têm movimento nenhum, simultaneamente, e nós poderíamos ter toda a Cidade identificada nos seus logradouros, e nós saberíamos em que rua nos encontramos.

Nós conhecemos muitas ruas, e, às vezes, passamos anos sem voltar a uma determinada rua, e nós estranhamos a rua, porque ela foi modificada; eram casas agora são edifícios de apartamentos. Será que era aqui mesmo? Então, fica difícil de identificar. Então, não adianta Lei, porque, em 1951, a Lei nº 383 já dizia que é a obrigação da Prefeitura colocar as placas nas esquinas; nas paredes dos prédios que estão na esquina; quando não houvesse prédios na esquina dizia como colocar nos postes da iluminação pública, para que a população pudesse identificar os seus logradouros. Portanto, não é um problema da atual Administração, nem da anterior; o problema vem de longe, mas nós fazemos leis e não fazemos com que elas sejam cumpridas. Há também uma Lei que obriga a numeração dos prédios ser visível, que sejam iluminadas à noite inclusive, porque, de repente, o táxi pára aqui, pára ali para procurar o número, e já é assaltado. Portanto, nós precisamos é de fiscalização, como disse no início o Ver. Adeli Sell; mais do que fazer leis, nós precisamos exigir o cumprimento das leis, nós temos de cobrar o cumprimento das leis. O ano de 2007 era o ano da identificação dos logradouros, isso não foi feito. Quem sabe, em 2008, a Prefeitura faça um edital chamando uma concorrência para empresas que queiram fazer, e há de ter muitas empresas querendo fazer a identificação dos nossos logradouros. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Margarete Moraes está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Exmo Sr. Presidente dos trabalhos, companheiro Aldacir Oliboni; Vereadoras e Vereadores; ontem, eu apresentei o início de uma análise que o meu Gabinete fez em relação ao comportamento do Orçamento da Prefeitura de Porto Alegre em 2007, entre aquilo que foi orçado, aquilo que foi empenhado e o que foi realizado. Talvez as pessoas que nos assistam não compreendam o significado no serviço público sobre a palavra empenhado. Explico: se não for empenhado, não adianta constar no Orçamento que é impossível gastar aquele dinheiro. E aí nós vimos muitas contradições, e eu quero dar continuidade a essa análise porque eu acho que é muito importante. Ações previstas, aprovadas nesta Casa, enviadas pelo Governo, registradas e que tiveram empenho zero, ou seja, nem foram realizadas. Isso demonstra uma incompatibilidade interna do Governo, que coloca um programa para ser feito, muda o valor desse programa, e, depois, passa para zero. Como é que funciona isso na realidade? Temos um programa chamado Gestão Total. A gestão integrada teve o seu orçamento reduzido, de quatrocentos e noventa e seis mil - é muito -, mas para chegar a esses quatrocentos e noventa e seis mil, a Secretaria ou o órgão responsável fez cálculos, fez análises, não se pode chegar a um número desses aleatoriamente. E de quatrocentos e noventa e seis mil passou - não se sabe por que – para oito mil reais, e aí teve empenho zero. Portanto, nada foi realizado.

Em um ano em que nós estávamos trabalhando, iniciando o trabalho de avaliação do Plano Diretor de Porto Alegre, algo tão importante, que envolve o futuro da nossa Cidade, havia uma verba sob responsabilidade da SPM, que dizia o seguinte: “Desenvolvimento de metodologia para implementação do sistema de avaliação do desempenho urbano, a estruturação de banco de dados e indicadores para subsidiar as decisões das políticas públicas”. Eu concordo com essa determinação da SPM. No entanto, no Orçamento de 2007, ele teve os recursos reduzidos, de quarenta e sete mil para dois mil e setecentos reais. Então, num ano em que se propõe a revisão do Plano Diretor de Porto Alegre, a Prefeitura não possui uma visão, porque com esse dinheiro é impossível realizar esses estudos, da situação real da cidade de Porto Alegre em relação ao seu desenvolvimento urbano. Eu também acho que a Prefeitura deveria copiar uma boa prática que havia no nosso Governo, quando os técnicos da SPM e da SMOV se colocavam à disposição desta Casa. Eu me lembro da arquiteta Inês, da arquiteta Suzana e outros técnicos, excelentes, que compõem o quadro da SPM, que estavam sempre à disposição dos nossos Vereadores, porque é muito complexa essa questão, para entender a situação do Plano Diretor. Nós temos excelentes técnicos aqui, mas que estão lotados em Bancadas, para assessorar as suas Bancadas, como é o caso do arquiteto Ferraro, da Bancada do PP, que sempre nos ajuda, e muito; como da Drª Nina Camarano, que é da Bancada do PT, mas que dão um auxílio informal. Nós poderíamos contar - e quero sugerir isso para a Mesa - com algum trabalho que tem uma metodologia planejada entre os técnicos da SPM e os representantes desta Casa no Plano Diretor.

Eu também queria falar em outro nome-fantasia muito bonito – eu concordo com esses nomes, eles são instigantes -: Cidade Integrada; e aí entra o Museu da Imagem e do Som, que estava previsto pelo terceiro ano na programação da Prefeitura Municipal. Estava orçado em 10 mil reais – seria impossível fazer com este valor -, mas poderia até ser uma janela para buscar recursos através das leis de incentivo, ou no Ministério da Cultura, e esse orçamento foi zerado. Portanto, nada foi empenhado.

Por fim, quero falar na SMOV. Eu moro na Praça das Nações Unidas há 29 anos, e a Praça está totalmente às escuras há uma semana. Eu liguei para o Secretário Maurício, e, até agora, nada. Na SMOV a qualificação e a ampliação da iluminação pública tinham um orçamento de 16 milhões que foi diminuído para 12 milhões – não tanto, dá para compreender; mas teve empenho zero. É por isso que o Secretário Maurício prefere colocar faixas em vez de trocar as lâmpadas do passeio público. É uma obrigação a troca de lâmpadas. Isso é normal, nas nossas casas nós sabemos disso. E isso é um serviço que a Prefeitura deixa de prestar e que foi planejado. Quando coloca empenho zero é porque não é para trabalhar aquela questão na Cidade. Não é apenas má vontade de um ou de outro. Se não tem como retirar o recurso, é impossível trocar as lâmpadas. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara e público presente, realmente eu tenho dito aqui que eu sou da Cidade que existe. Como a Cidade existe, com certeza existem problemas. O Ver. Adeli Sell, por exemplo, ressaltou aqui o problema dos “flanelinhas”, que é um problema antigo na nossa Cidade, não tem nada a ver com o Governo Fogaça, nada a ver com o Governo Yeda. Talvez nós tenhamos que tentar uma solução. O Ver. Adeli Sell tem um Projeto que ele quer que seja um dos primeiros a serem votados em fevereiro, e, com certeza, nós do PDT, vamos analisar com bastante carinho, porque todos nós, Vereadores, estamos aqui para tentar resolver os problemas da nossa Cidade.

Vereador Aldacir Oliboni, já tentei entrar em contato com os assessores da EPTC, com nosso amigo Pitol, mas ele não me deu retorno ainda – pode ser que esteja de férias -, mas a gente vai tentar, pois o Pitol, assessor do Senna nesta Casa, tem feito muitos milagres para nós. Estou me comprometendo, de público, a fazer uma visita com o Ver. Aldacir Oliboni; mesmo que eu vá deixar o cargo de Vice-Líder de Governo, eu vou continuar defendendo a nossa Cidade, com certeza. Estou me colocando à disposição, e talvez na próxima quarta-feira mesmo, se não conseguirmos antes, pois o Ver. Aldacir Oliboni, como eu, está sempre na Casa, passarmos ali para conhecer esse problema - que não é do Governo Fogaça, pois essa rua já está fechada há bastante tempo. Já disse aqui outras vezes: não me interessa quem fechou; então, se temos que resolver o problema, vamos tentar resolver!

Outro assunto no qual não temos inserção, mas que gostaria de relatar aqui, é o problema da Escola General Neto, lá no bairro Lageado, que pegou fogo no começo do ano passado, em 2007. Começou a construção, licitação, Ver. Adeli, menor preço; começa a obra, a empresa trabalha dois ou três meses, começa o faturamento, recebe a primeira parcela e pára a obra. Escola General Neto, ali na Estrada Edgar Pires de Castro, quase lá no Parque Lami, a única escola estadual que tem no bairro Lageado e que é Escola Fundamental. Hoje a Escola General Neto está funcionando no Esporte Clube Lageado; as obras da escola pararam, e em março, quando começarem as aulas, o meu amigo Luís, não terá aula na Escola General Neto. Nós estamos tentando, com um grupo de moradores, marcar uma audiência com a Secretária de Educação, pois é um problema do Estado, mas nós, Vereadores de Porto Alegre, também estamos aqui para resolver, e talvez eu vá precisar de outros Vereadores – e quase todos atuam naquela região, no Extremo Sul -, para que me ajudem e que possamos ir à Secretaria de Educação.

A Secretaria de Educação do Município, para nossa felicidade – era um pleito antigo ali do Moradas da Hípica, e o Ver. Carlos Comassetto não está hoje aqui, mas trabalhou bastante em cima disso, e eu dou crédito aqui até nas Moradas da Hípica, a licitação para a construção da Escola Moradas da Hípica, já saiu o nome da empresa vencedora e as obras em seguida devem começar. Se Deus quiser, até a metade do ano deveremos ter mais uma escola ali no Extremo Sul, onde necessitamos tanto. Então, meus parabéns à Secretária Marilú Medeiros, que tem feito um trabalho difícil à frente da Secretaria, tentando manter algumas coisas e fazendo outras, inclusive com a inauguração de muitas creches que estão sendo feitas neste Governo.

Na Secretaria da Cultura, queria ressaltar mais uma vez, o nome do Sergius Gonzaga, pois as escolas de samba já estão todas preparadas, já receberam seus cachês, estão prontas para desfilar. Agora, o nosso Governo Fogaça não teve nenhum problema, pois no primeiro ano do desfile houve problemas com os cachês das escolas, mas neste ano as escolas estão preparadas. Ninguém ouve falar, mas quando não se ouve é porque tudo está funcionando bem. Então, volto à tribuna para dar os parabéns ao Sergius Gonzaga e à Ana Fagundes, lá da Secretaria de Cultura. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. NEUZA CANABARRO: Ver. Aldacir Oliboni, Verª Margarete Moraes, Srs. Vereadores, venho à tribuna para comunicar que aquele Projeto que encaminhei, Ver. João Antonio Dib, à Comissão de Constituição e Justiça, sobre a cobrança irregular da tarifa de esgoto e também do crime ambiental em Porto Alegre, foi rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça. Portanto, não pode prosperar nesta Casa. Nós procuramos guarida, então, em outros ares. Fomos ao Procon e ao Ministério Público. Neste momento, comunico aos Srs. Vereadores e ao Ver. Guilherme Barbosa – a quem eu gostaria de comunicar diretamente - a resposta que recebi da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, que diz (Lê.): “Foi remetida cópia da representação à Promotoria de Defesa do Consumidor, já que a matéria também apresenta interface com essa área”. Ou seja, a cobrança também foi enviada para a Promotoria de Defesa do Consumidor. E o processo em relação ao crime ambiental foi indeferido, mas foi indeferido por quê? Ela diz (Lê.): “É caso de indeferimento de instauração de Inquérito Civil, pois o Ministério Público já ajuizou ação pública com o objetivo de obrigar o Município de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul a tratarem todo o esgoto gerado na Cidade, construindo Estações de Tratamento de Esgoto para tanto. A ação foi julgada procedente e confirmada pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, nos seguintes termos: Recuperação da Praia do Gasômetro, bem como sua interdição enquanto não procedidas as obras necessárias. Responsabilidade solidária do Estado e do Município decorrente de lei não afastada pela doação do terreno por parte primeiro. Legitimação passiva do Estado a quem incumbe o licenciamento e fiscalização das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, bem assim a vigilância do local, impedindo danos aos cidadãos. Preocupação quanto à poluição das águas baseada em laudo pericial. Interdição da Praia do Gasômetro para banho. Fiscalização das interdições a cargo do Estado através de policiamento ostensivo da Brigada Militar. Construção de Estações de Tratamento de todo o esgoto da Cidade, bem como forma de preservação da saúde pública. Legitimação do Poder Judiciário para fixar prazo para a realização e conclusão das obras. Necessidade, entretanto, de facultar ao Município a observância de oportunidade e conveniência, enquadramento em dotações orçamentárias e realização das necessárias licitações. Prazo que não pode ser exíguo por essas circunstâncias, além daquela de que as obras abrangem todo o Município. Razoabilidade da fixação de seis anos para a conclusão das obras”. É datado de 1998; portanto, o prazo já findou em 2005. “Apelo do Estado desprovido. Provimento parcial do apelo do Município. Quarta Câmara Cível. A sentença ainda não transitou em julgado. Independente desta providência, importa destacar que o Ministério Público tem fiscalizado o funcionamento das Estações de Tratamento operadas pelo DMAE”.

Aqui eu quero registrar a minha indignação. Vejam bem: além de todo o crime estar ali, quem está dirigindo? Independente de que Partido sejamos, da oposição ou da situação, Ver. João Antonio Dib, eu acho um vexame ainda contestarem. Quer dizer: é um crime ambiental, está julgado, e aí ficam apelando, para não fazerem as obras! E onde está o recurso cobrado pelo esgoto? Mais de 760 milhões. Este é o questionamento que eu deixo.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; colegas Vereadores; colega Verª Margarete Moraes, Líder da nossa Bancada; pessoas que nos acompanham; os colegas devem lembrar, pelo menos alguns, que eu já trouxe aqui na tribuna desta Casa um gráfico que mostrava a deficiência de investimentos em iluminação pública na nossa Cidade. Coincidentemente, isso não é comum, mas a coincidência aconteceu exatamente pela carência, dois grandes jornais da nossa Cidade, expressivos, trouxeram matéria sobre esse assunto na semana passada, dia 18 de janeiro. (Mostra jornais.) O jornal Correio do Povo, na página 8 (Lê.): “Falta iluminação no Centro da Cidade”, e vem uma matéria toda sobre isso. Empenho zero. A Verª Margarete Moraes também falou sobre isso há pouco. Depois, o jornal Zero Hora, no mesmo dia 18 de janeiro, na página 54. (Lê.): “Má iluminação deixa Cristóvão às escuras”, e, numa submanchete, pode-se dizer assim: “Levantamento constatou que uma em cada quatro lâmpadas dos bairros Floresta e Moinhos de Vento não funcionam”. Então é uma comprovação, porque, às vezes, a gente fala na tribuna, traz os dados – e eu sou daqueles que estuda bastante antes falar e trazer um número -, e não tem repercussão, Ver. Dib, nem mesmo a base do Governo se preocupa ou leva o assunto para ao Prefeito, ou para o respectivo Secretário; no caso, o Secretário Maurício - muitos não gostam que eu o chame de Secretário Mauricinho, mas eu o chamo até pela idade dele. Ninguém leva o assunto. Agora dois jornais da Cidade - e esse ex-Secretário ficou com essa sensibilidade -, os grandes jornais da Cidade, no mesmo dia, trazem matéria sobre o tema. É cada vez pior a iluminação pública na nossa Cidade. Historicamente, a SMOV, através da Divisão de Iluminação Pública, deixou entre 2% a 3% de lâmpadas apagadas na Cidade. Um levantamento do jornal Zero Hora da cidade diz que uma em quatro lâmpadas está apagada - isso significa 25% -, em duas regiões importantes da Cidade, bairros chiques da Cidade; um não tão chique, é o bairro Floresta, mas é um bom bairro da Cidade, e o outro bairro chique é o Moinhos de Vento. Imaginem a periferia da Cidade como é que está! Então eu espero que, a partir dessa reportagem de dois dos grandes jornais da nossa Cidade, isso seja levado em conta, porque estamos perdendo a qualidade da iluminação pública na Cidade por incapacidade da SMOV, por falta de interesse do Prefeito. O Diretor da Divisão Pública - e eu tenho dito isso -, na SMOV, há muito tempo, é um Coronel da Brigada. Deve ser um bom Coronel, deve saber de Segurança Pública; agora, não deve saber de iluminação pública, assim como não o sabe o Sr. Secretário da SMOV, Maurício Dziedricki.

Ainda sobre a SMOV, eu trago aqui também, sempre com dados, sempre com comprovação, dois Pedidos de Informações que eu fiz para a SMOV: o primeiro, dizia respeito, exatamente, sobre essa área de iluminação pública - Ver. Mario Fraga, por favor! -, porque eu tenho informação segura - mas eu não queria falar sobre isso, eu queria ter a informação da SMOV - de que foi feito contrato sem licitação com altos valores de milhões de reais. Nada justifica isenção de licitação nesse caso! Pois bem, o Pedido de Informação foi enviado no dia 17 de setembro, e, em razão do que dispõe a Lei Orgânica, a Secretaria teria que ter respondido num prazo de 30 dias. A Câmara reiterou o Pedido, e até agora nada! Mais de quatro meses sem resposta! E eu começo a querer afirmar: tem história pesada aqui. Eu não falava isso, fiz o Pedido de Informação, quatro meses sem resposta. Ao mesmo tempo, outro Pedido de Informações nessa área, porque também há informações seguras de que a SMOV não está fazendo os Projetos que nós aprovamos para o Reluz – 30 milhões de reais – para a substituição de lâmpadas, Ver. João Antonio Dib, para os equipamentos eficientes. Quem estaria fazendo é a Secretaria de Coordenação, através do Secretário Clóvis Magalhães, a intenção é passar o gerenciamento da iluminação pública para uma empresa privada. Quatro meses sem resposta. Eu estou indo ao Ministério Público, para arrancar essa resposta, porque não está cheirando bem. Além de, como provado aqui pelos jornais e com dados que já havia trazido, cair a qualidade da iluminação pública de Porto Alegre, começam a cheirar mal algumas questões lá na SMOV, na iluminação pública. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Encerrado o período de Comunicações.

O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras Margarete e Neuza; demais Vereadores e público que nos assiste pela TVCâmara, falo em Liderança do PDT – Partido Democrático Trabalhista -, nesta Comissão representado pelos Vereadores Ervino Besson, Neuza Canabarro e Mario Fraga.

Naquele primeiro momento, não tive tempo de falar para a Verª Margarete Moraes, e V. Exª conhece tão bem o Secretário José Fortunati, talvez há mais tempo do que este Vereador, e deve saber que o Secretário, uma pessoa educada, competente, honesta, assumiu a Secretaria por uma fatalidade do nosso destino, com o falecimento do então Secretário, o nosso colega Ver. Isaac Ainhorn; e o Secretário Fortunati tem feito bastante coisa na Secretaria de Planejamento. Eu só queria, Verª Margarete – jamais V. Exª falou mal do Fortunati, jamais -, dizer que o Secretário Fortunati já esteve nesta Casa por três vezes como Secretário, e colocou à disposição todos os técnicos da Secretaria, inclusive a Terezinha Casagrande fez plantões aqui no mês de setembro, outubro, novembro e dezembro. Então, se V. Exª tiver algum problema, eu estou disposto a solicitar ao Secretário Fortunati que mande técnicos aqui para a Casa. Tenho certeza de que mandará, a qualquer momento.

Também queria fazer, mais uma vez, um alerta, pelo nosso Partido, que tem a bandeira da Educação. Inclusive reverenciamos o aniversário de Leonel Brizola, no último dia 22; se ele estivesse vivo, Ver. João Antonio Dib, faria 86 anos, e deixou esta nossa história, a história da Educação: quando se fala em PDT, é sempre ligado à Educação. Então volto a afirmar aqui o problema que estamos tendo, muito forte, no Extremo Sul da nossa Cidade, de Porto Alegre, lá no bairro Lageado, fazendo um apelo aqui que possa chegar aos ouvidos da Secretaria Marisa Abreu, da Educação, alertando que as nossas crianças, lá, talvez fiquem sem escola. O Esporte Clube Lageado abrigou as crianças, que são em torno de 400, todo o ano passado, desde agosto, segundo semestre, durante toda a semana. E o Clube tem as suas atividades. Inclusive trocou a Direção no fim do ano, e os moradores estão fazendo um apelo ao novo presidente para que continue disponibilizando o Clube, para que essa escola tenha aulas lá. Mas nós temos que ter uma solução. Então, nós, do PDT – eu falei com a Verª Neuza, que trabalha naquela área lá também, principalmente na área da Educação -, estamos fazendo este apelo aqui, pela TVCâmara e a todos os nossos Vereadores, para que tentemos uma solução, visto que a empresa abandonou o serviço. O Ver. Guilherme Barbosa, que já foi Secretário, conhece isso: é feita a licitação, ganha o menor preço, a empresa não tem condições, ganha cinco licitações... Quase sempre saem muitas licitações juntas; quando é escola, quando é casa de cultura, quando são coisas assim saem quatro, cinco licitações, para pavimentação principalmente - não é, Vereador Guilherme Barbosa ? -, a empresa entra em quatro, cinco, ganha as quatro, cinco licitações e não tem condições de tocar cinco obras sendo uma empresa pequena, ou de médio porte. Fica este apelo aqui.

Quero também falar que mais uma vez o Secretário João Bosco me agradeceu, ontem, por telefone, pela referência que fiz à Escola de Samba Renascer da Esperança, que é uma escola da Secretaria Municipal de Esporte junto com diversas Secretarias, inclusive a Secretaria Municipal da Educação, da Marilú Medeiros, e a FASC, da Brisabel. Amanhã haverá um ensaio da Escola, todos os Vereadores estão convidados a lá comparecerem. O Secretário, o Ver. João Bosco, mandou um e-mail; disponibilizará uma camiseta para cada Vereador que acompanhar a escola. Deixamos, aqui, os parabéns à Secretaria de Cultura, e já havia me referido ao Secretário Sergius Gonzaga, que é um homem da Cultura, e ao Secretário João Bosco Vaz que teve essa sensibilidade de, no ano passado, sair com 1.800 crianças, e neste ano pretende sair com 3.000 crianças. Mesmo que não saia com 3.000 crianças, imaginem V. Exas. se saísse com 2.000 crianças da periferia, que alegria levarão essas crianças para os seus lares e para todos os seus familiares. João Bosco Vaz, meus parabéns!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a idéia de patrimonialismo é a impossibilidade de as pessoas e as instituições que participam do Governo separarem a idéia de País, de Nação, do todo, de uma idéia de um Partido, e há então uma mistura entre os interesses do Partido e a posse das propriedades da Nação por esse Partido. Dou como exemplo simbólico a estrela do Partido dos Trabalhadores no jardim do Palácio da Alvorada. Erro grosseiro, patrimonialista, cometido pelo Partido dos Trabalhadores ou por alguém do Partido dos Trabalhadores.

Nós consideramos patrimonialismo o uso indevido de cartões de crédito pelas pessoas que trabalham junto ao Governo. A Ministra Marilda vai ter que explicar um acréscimo mensal de quase 20 mil reais de saques com cartão de crédito a fundo perdido, ou melhor, a fundo achado, porque gasto e pago pelo País, pela Nação, e uma série de outros Ministros, e a Casa Civil e a moradia da Presidência da República, onde os gastos com cartões de crédito são abomináveis.

Quero dizer e quero dar inclusive ao Partido dos Trabalhadores a decência, por exemplo, que teve a nossa Presidente, Maria Celeste, que é do Partido dos Trabalhadores, que cortou despesas, aqui nesta Casa, sim, por medida de decência. Nós não aceitamos esses gastos! E o Presidente, que pode governar também por Decreto - vejam o Decreto providencial proibindo a venda de bebida alcoólica na estrada -, poderia decretar a extinção do uso do cartão de crédito pelos seus áulicos nos Ministérios, no segundo, terceiro, quarto, quinto e décimo escalões, onde o cartão de crédito é usado com uma voracidade, com uma insensatez que depõe inclusive contra o péssimo conceito que já tem o político brasileiro.

Eu mesmo, outro dia, defendia, dizendo que não foram os políticos, por exemplo, que adicionaram soda cáustica no leite, não foram os políticos que provocaram a matança no Rio dos Sinos, ou não são os políticos que estão permitindo que a Mendes Júnior, a corruptora do Sr. Presidente do Senado que teve que se demitir em função dessas acusações gravíssimas, continue ganhando todas as concorrências do Governo Federal? Dizia eu isso e aparece, na revista Veja, uma lista imensa de políticos usando cartões de crédito. Há um clamor da Nação por um Decreto presidencial pela extinção imediata do uso do cartão de crédito em qualquer escalão, porque, se os políticos, os Ministros, os seus assessores recebem uma remuneração, mesmo que seja pouca, que vivam com pouco, como vive toda a sociedade brasileira, com muito pouco. A média per capita do rendimento mensal é baixíssima, por que os políticos também não podem viver com pouco? Acho que esse cartão de crédito é uma demasia, e, mais do que isso, é um achincalhe, é um deboche a essa população que vive à margem da vida, que vive à margem de qualquer esperança.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Vereador Oliboni, por deferência da minha Líder, Verª Margarete Moraes, falo hoje no tempo de Liderança do Partido dos Trabalhadores. Nós queremos transparência, nós queremos que os cartões de crédito cooperativos do Governo sejam analisados.

O problema é que agora nós podemos analisar as despesas que são feitas por um Ministro, no caso que foi aqui colocado, a despesa indevida foi devidamente estornada e devolvida. O problema é que antes havia as notinhas. Lembram o que aconteceu, há pouco, na Assembléia Legislativa do Estado? Notinhas de gasolina se arrumam em qualquer lugar; comprovante se arruma em qualquer esquina. Nós sabemos disso. Nós vimos, recentemente, as denúncias que fizemos aqui sobre o comportamento indevido em determinada Secretaria, ou alguém já esqueceu? Nós não esquecemos e nem a Polícia Federal. Nós estamos atentos e queremos transparência!

Portanto, aqui falamos em nome do PT, que no dia 10 de fevereiro, agora, completará 28 anos, com alguns tropeços, a bem da verdade, mas muito menos tropeços éticos, morais e comportamentais do que muitos e muitos outros Partidos. Porque eu fico muito impressionado como alguns tentam posar de éticos e transparentes, quando os seus Partidos não têm essa biografia para apresentar; muito pelo contrário, a sua lista de ocorrências e tropeços na ética é imensa e não é esquecida nunca por nós.

Por falar em licitações, no Governo Federal há licitações. Houve problemas? Houve. E, sem dúvida, haverá no futuro, mas não se esqueçam o que nós, Margarete, Todeschini e eu, levantamos aqui sobre o caso dos carros locados de Porto Alegre. Afinal de contas, perguntar não ofende! Por que, desde o dia 27 de dezembro, já que em dezembro foi cancelada uma grande licitação, as empresas que estavam operando – uma, por exemplo, com doze carros; outra, com oito; outra, com seis, contratos recentes, sem licitação - continuaram, ou pretendem continuar? Afinal de contas, a Bancada do Partido dos Trabalhadores lê o Diário Oficial, como lê o Ver. Dib. Eu peço explicações, eu exijo explicações do Governo. Nós queremos falar mais do Governo Municipal, da vida como ela é, da dura e triste realidade dos apagões em Porto Alegre, nominados, sinalizados, mostrados clara e objetivamente, nesta conturbada falta de luz em Porto Alegre, pelo Ver. Guilherme Barbosa. E os buracos? E o vandalismo nas paradas de ônibus não são de responsabilidade da Prefeitura? A limpeza da Cidade não é responsabilidade da Prefeitura? É de quem? O usuário precisa ter campanhas educativas, isso sim, mas essas também não são feitas. E digo mais, as praças cheiram mal. Afinal de contas, com um Secretário, que é o Secretário da Encol e do Parcão, evidentemente, a Praça da Matriz não existe, a Berta Starosta não existe, a Daltro Filho não existe, a Otávio Rocha não existe. Todas essas têm moradores de rua, todas essas fedem, exalam mau cheiro, a comunidade não pode utilizar, porque o Secretário pensa na Encol, pensa no Parcão, e nós queremos respostas, respostas claras e objetivas!

Quando o Secretário faz uma ação correta, como disse a Verª Margarete Moraes em artigo do jornal Correio Povo de hoje, a Bancada do PT sinaliza que essa é uma postura correta, mas a Bancada do PT, pela nossa liderança, Margarete Moraes, deixa claro: “Continuaremos o nosso processo de fiscalização, porque esse é o papel do Vereador”. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Vereador Aldacir Oliboni, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; na minha juventude eu ouvia quase que extasiado um pronunciamento de uma pessoa que eu admirava. Fiquei encantado com a pregação que ele fazia, e no dia seguinte daquela pregação que eu ouvi com tanto entusiasmo, que eu aprendi, que eu fixei cada palavra, eu encontrei essa pessoa praticando exatamente atos dos quais no dia anterior ela condenava. É por isso que estou lembrando que o PT era vestal, não cometia erros, e agora aparecem tantos erros que é muito mais grave o indivíduo fazer a pregação da ética e não ter ética nenhuma. Isso que é grave. Quem prega a verdade tem que falar a verdade; quem prega a honradez tem de ser honrado; quem prega a seriedade tem de ser sério; quem prega a responsabilidade tem de ser responsável. Bom, eu nunca tive muitas ilusões com as coisas do Partido dos Trabalhadores, que tem gente extraordinária, mas eu estou lembrado da balança que pesava o lixo aqui em Porto Alegre; e quando quebrou a balança pagaram mais durante um ano e meio, mais duas toneladas ou três toneladas por mês para cada caminhão, e, depois, numa Auditoria levantada pelo Prefeito que sucedeu o Dr. Olívio, sugeriram que pedissem à empresa que devolvesse 1 milhão de dólares por aquilo que tinha recebido a mais. A empresa colocou uma notinha no jornal, na página 3, que dizia assim: “Não pesei o lixo, não emiti o empenho, não fiz o pagamento, recebi o que me pagaram e o que me deviam.” E terminou o assunto. Mas o prejuízo da Prefeitura não foi reparado. Eu estou lembrado daquele incinerador de lixo que foi comprado com o dinheiro da Prefeitura e nos hospitais, e que o Assessor do PT indicou para o Prefeito Olívio aquele incinerador que nunca foi instalado, mas 85% dele foi pago, e agora as empresas que pagaram aqueles 85% estão exigindo ressarcimento da Prefeitura, do Prefeito Fogaça, porque não quiseram o incinerador de lixo, e isso custava dinheiro, e, agora, custa muito mais, porque esse dinheiro é corrigido.

Estou lembrado daquele contrato assinado com a Fundatec, depois de saber que a Fundatec já havia respondido, aqui, a numa CPI, e que o Ministério Público declarava que os contratos não poderiam mais ser feitos sem licitação, e foi feito sem licitação nenhuma, e que pedia notória especialização, e era tão notória a especialização, no caso do motor de explosão, que foram buscar recurso na Unisinos.

Três dias antes de o Ver. Campani sair do Departamento Municipal de Limpeza Urbana e do Prefeito Olívio sair da Prefeitura, pagaram com tanta pressa os 112 milhões, mais ou menos, 40 mil dólares, que pagaram enganados, pagaram para a Cientec, e, claro, a Cientec devolveu o dinheiro. Eu mostrei, da tribuna, o recibo, o empenho do pagamento dos 112 milhões, que era uma terça parte do custo da obra.

Então, eu acho que temos de ter muito cuidado em falar das administrações, porque as administrações, de repente, podem ter “telhado de vidro”.

E eu fico muito tranqüilo em falar o que estou falando, não tenho problema nenhum.

E a Verª Margarete falou, agora, do acompanhamento, e eu a cumprimento por isso, da execução orçamentária, e, agora, dia 28 de janeiro, vou ter a possibilidade de saber quanto é que foi a arrecadação de dezembro, e aí poderei dizer no que, até agora, estou encontrando dificuldades.

A Prefeitura, até 30 de novembro, empenhou 2 bilhões 286 milhões de reais, e arrecadou  2 bilhões e 237 milhões, portanto, 49 milhões de reais a menos, do que foi empenhado, foi arrecadado.

Claro que no mês de dezembro essa arrecadação vai subir, e acho que haverá cobertura e, provavelmente, um superávit primário.

Então, acho que não tem problema, mas, de qualquer forma, isso é o que nós temos de fazer: acompanhar a execução orçamentária, fiscalizar os acontecimentos, e, quando fizermos críticas, apontar soluções. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Com a fala do Ver. Dib, encerramos as Comunicações de Líderes, e visualizando que não há quórum, com a presença dos nobres Ver. Adeli Sell, Verª Margarete Moraes, Ver. João Antonio Dib, Ver. Mario Fraga, Verª Neuza Canabarro, a Mesa convida para que todos possam se dirigir à sala da Presidência, em função da reunião que ocorrerá, agora, da Mesa e Lideranças. Pois não, Ver. Adeli Sell.

 

O SR. ADELI SELL: Se me permite, Ver. Oliboni, eu fiquei sabendo, neste momento, de um novo assalto no Postão da Vila Cruzeiro, inclusive com roubo de equipamentos. A Verª Neuza acabou de sair, vou comunicá-la, porque ela é a Presidenta da Comissão, creio que V. Exª, membro da Mesa, e eu acho que é da Comissão de Saúde, sugiro que pudéssemos ver, quem sabe, de comum acordo, no início da semana ou amanhã, algum horário, quem sabe amanhã de manhã, para que pudéssemos fazer uma visita ao Postão, como fizemos no ano passado. Verª Neuza, mui digna Presidenta da Comissão de Saúde, essa questão do assalto ao Postão, mais uma vez, com roubo de equipamentos, talvez merecesse de nossa parte uma visita, ou uma olhada mais de perto, uma conversa com o Secretário. Então tomo a liberdade de colocar isso aqui, em Plenário, porque eu acho que este é o fórum adequado.

 

O SR. PRESIDENTE  (Aldacir Oliboni): Obrigado, Ver. Adeli Sell; desde já a Verª Neuza Canabarro sinaliza que é possível, que aceita a visita, como também a Mesa Diretora; inclusive estaremos nos reunindo nos próximos minutos, e poderemos agendar isso, enquanto Câmara de Vereadores e Comissão de Saúde.

Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Reunião às 11h08min.)

 

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